Antes a fogueira !

Ontem foi o dia do Irmão. Vários DeMolays aproveitaram para prestar sua homenagem aos outros irmãos DeMolay nas redes sociais. Foi uma verdadeira exaltação à Fraternidade que nos move. Entretanto [...]

Leia mais...

Cordialis DeMolay

Foste dedicado a que vida levar? Ao adentrardes de visão tão escura, Uma vida varonil e tão pura, A ti quiseste consagrar. [...] Escrito por: Tio Ricardo Andrade

Leia mais...

Virtus Virtudes

Disposição para fazer o bem, que se aperfeiçoa com o hábito. Para tornar-se DeMolay cada um de nós tivemos que demonstrar naturalmente possuirmos tais virtudes, mas de que vale termos tais virtudes intrínsecas à nós, se não a praticamos. Diante do livro sagrado fomos chamados a levarmos uma vida pura e varonil, carregando para sempre estas 7 virtudes cardeais em nossas vidas.

Leia mais...

Magia Profunda da Ordem DeMolay

Assim como As Crônicas de Nárnia podem ser interpretadas de maneira simplória e desatenta, a Ordem DeMolay também está diante de vários olhos, e aguarda pacientemente pela descoberta de seu potencial por parte de seus membros.

Leia mais...

Liberdade que desfrutamos(?)

Em todas as nossas reuniões exaltamos a liberdade; religiosa, civil e intelectual. Entretanto, creio que poucas vezes paramos para refletir como exercemos a nossa, como respeitamos a dos outros e como lutamos para garantir isto a todos os cidadãos.

Leia mais...

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Maioridade Pt.3

Leia as partes 1 e 2 


Depois de identificar suas próprias aptidões, você trabalha. Com o trabalho a probabilidade de lhe incumbirem de missões ainda complexas torna-se maior. E foi assim que logo me vi candidato a Mestre Conselheiro Regional e Estadual. Assim, fui a vários lugares do Estado e conheci vários DeMolays vivenciando a Ordem de acordo com as suas diversas e peculiares situações geográficas, econômicas e cultural.

Poderia escrever sobre cada viagem que fiz, cada situação delicada que tive que intermediar, e cada descoberta que fiz sobre mim e sobre os que me rodeavam, mas como vocês devem imaginar, tomariam muitas linhas e sem isto essa já será uma publicação relativamente extensa em comparação às anteriores.
Resumo falando apenas que estes foram os últimos meses da minha vida como DeMolay Ativo e pude com certeza concluir todas as lições que tal período me ofereceram.

Vi jovens de 12 à 28 juntos realizando filantropias de emocionar e que com certeza mudaram o futuro cidadão que cada um seria, vi pessoas que sacrificavam suas vidas para se dedicar à essência da Causa da Ordem, vi muita alegria dentro de meu Capítulo, aprendi a não julgar os vícios das pessoas da mesma forma que se julga o caráter pois os desvios que maculam um ser deve passar por um processo individual de assimilação já os que maculam a convivência podem por a perder todo um grupo, uma comunidade e enfim toda uma geração de seres. Vi irmãos com situação financeira mais delicada serem ajudados em momento de necessidade por outro (que por sinal, até hoje é tido como escroto e frio por alguns), fui recebido em cidades onde nunca pisei em casas que nunca entrei, e fui recebido como se fosse (e era) parte da família. Conheci jovens valorosos que pautavam sua vida na sinceridade e humildade.

Mas também nesse tempo que vi amigos e irmãos de 15 anos de convivência chorarem pelas mudanças que a vida imprimiam em seus pares, que lhe levavam a ter no afastamento a única escolha. Nesse tempo vi os conceitos de justiça que eu pensava que fosse luta comum à todos os membros da Ordem ruírem, mas não distante de mim e sim diante de meus olhos. Eleições decididas debaixo dos panos travestidas em justificativas nunca provadas, participação de líderes em perseguições contra outro grande líder que tornou-se vítima da guerra interna de poder da maçonaria estadual, vi irmãos que compartilham do meu sangue tornar-se um quadro emoldurado de deslealdade quando trocou uma amizade que beirava uma relação paternal com um sênior demolay, pela boa convivência com os que seriam os novos arquitetos do poder político dentro da Ordem. Me vi num campo de batalha, e quando olhava para trás não enchergava mais o meu LAR. Pior que isso, vi outros além de mim enxergar isso, até hoje se calarem, e nada mudou. Mas mais e antes de tudo isso já via com incômodo uma Fraternidade que não é UNA, que diariamente nutre diferenças, desavenças e desrespeito por outros que firmaram os mesmos compromissos com um mundo melhor e olho para trás e vejo como fui, assim como tantos, condicionado a viver confortavelmente dentro desse ambiente contraditório e achar que discordar radicalmente disso era anormal e sem razão.

Aqui começa uma estorinha, nela as semelhanças com a realidade são meras coincidências. ;)


         Neste último sábado de reuniões do ano (22/12), resolvi enfrentar o destino e fiz minha escolha. Resolvi lutar pelo meu Lar. Mas não dependia apenas de mim. Outros irmãos de tanto caráter e valor quanto julgo que deva ter um DeMolay ainda estavam debaixo do teto daquela casa sob a tutela troncha de traidores, oportunistas e cibernéticos (que por sinal tá se tornando a nova moda por aqui. Criar uma página no Facebook e falar tudo de bonito que por vezes o próprio não acredita e nem realiza e assim tornar-se um conhecido de todos, que por ser apenas conhecido na realidade não se é conhecido realmente), caberia à eles decidirem por um novo caminho, dentro do que é justo e correto.
Fui com o intuito de lhes apresentar um caminho diferente, onde não houvesse mais espaço para as velhas tradições políticas e de convivência (leia-se falsidade) dentro da Casa.
Como imaginei, a oportunidade de liderar é valiosa para quem tem vontade de realizar algo, e ela pesou, já que não acredito, ou prefiro não acreditar, que foi para manter o enganoso brilho do colar que guiou a escolha dos mesmos.

Ameaçados pela minha presença, logo os senhores se movimentavam freneticamente exalando ódio. Não demorou para que o bode expiatório (aquele que não tem nada a perder - por que nunca foi nada- e lança a investida que precisar não importando o nível, claro) viesse ao meu encontro na frente dos irmãos que ali transitavam e com o tom de voz elevado me perguntava: "Você não respeita a festa dos outros não rapaz ?! Vai falar nada não? Só sabe escrever coisinha bonita é ? " Confesso que não respondi à altura por não esperar que ele baixasse o nível ali naquele instante, mas pensando bem, eu deveria ter esperado por isso. Agradeço à minha personalidade que não tornou o ocorrido em algo ainda pior de se relatar.

(( E é aqui que começa o fim da minha reflexão sobre a maioridade. ))

É verdade que a maioria de meus discursos sempre eram muito bem comentados, coisas que escrevia sobre a Ordem eram repercutidas na mesma proporção, mas ao contrário do que aquele senhor alegava eu sempre realizei. Minhas habilidades de observação e comunicação não eram menores que as filantropias que realizei, que as atividades administrativas que normalizei, que as viagens e eventos que organizei, tudo contando com meus irmãos de Capítulo, e acima de tudo sempre agi nas proporções da minha sinceridade e defendi meus ideais sempre em todo lugar e diante de quem quer que fosse, do iniciático ao Rei das Cocadas.

E deve ter sido com medo disso tudo e da verdade escondida que lhes confere permanência entre nós que eles vetaram meu pronunciamento em minha própria casa.
Casa é como qualquer um pode chamar uma edificação que lhe abriga. Mas aquilo já foi um Lar, que só pode ser chamado dessa forma quando abriga apenas pessoas que se gostam, que se respeitam, que emana harmonia e te impulsiona ao progresso. Quem tem um lar, mesmo que ande para longe por necessidades da vida, sempre estará olhando para trás e retornará quando assim seja necessário para sustentá-lo ou reerguê-lo.

E desta vez parti sem olhar para trás, sem lágrimas de alegria, algumas de tristeza outras de raiva, na pele as lições de Amor Filial, para me lembrar que eu nunca devo fazer nada que meus pais não se orgulhem ou se entristeçam, Reverência pelas coisas sagradas, para lembrar que cada um tem o seu Sagrado e que isso nunca pode ser motivo de pré-julgamento de caráter, Cortesia, para que eu possa tratar com respeito a todos que merecem, Companheirismo, para que eu seja sempre amigo certo e fiel daqueles que chamo de amigo e irmão (ler 4P), Fidelidade, aos princípios, à justiça, à mim e aos que isso esperam de mim, Pureza, para ter a consciência de que todos meus atos sejam bem intencionados e considerando meus próximos, e ainda, a consciência de que eu ainda tenho que aprender a purificar minha mente quando pensar naqueles que carregam as mazelas da humanidade, Patriotismo, para ter a consciência de que lutamos pela nossa pátria todos os dias, mas nunca parados.
Mas estas lições não estariam completas sem a lealdade e tolerância , ou mesmo sem termos a consciência de que a liderança que se recebe por barganha tem um preço moral à se pagar e a amizade é um bem tão valioso quanto qualquer posto de liderança, que somente carregando todos esses ensinamentos podemos ser Alumnis.

Obrigado Ordem DeMolay.
DeMolays de todas as partes e supremos, a luta para mudar o mundo começa dentro de si, passa a ser então dentro de seu lar e só aí estaremos prontos para lutar de e em verdade pelo mundo.


No fim...
O branco não veste mais.
O brilho sobre os ombros tornou-se fosco.
Mas a missão nunca termina. 


"Aos que virão depois de nós

Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de
estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não
recebeu a terrível notícia.
Que tempos são esses, quando
falar sobre flores é quase um crime.
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que cruza tranqüilamente a rua
já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?
[...]
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
Manter-se afastado dos problemas do mundo
e sem medo passar o tempo que se tem para
viver na terra;
Seguir seu caminho sem violência,
pagar o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim.
É verdade, eu vivo em tempos sombrios! [...]"

Bertolt Brecht

"É preferível cultivar o respeito do bem que o respeito pela lei."
Henry Thoureau




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Desfazer-se




Ao mais leal deixei meu terno,
pois ele sempre precisa de algo que esconda a sua sensibilidade,
se qualquer um à notasse lhe atingiriam em cheio lhe levando ao chão. 

Ao mais sincero deixo minha camisa branca, 
que era um tamanho maior que eu e certamente lhe caberá, 
pois ainda é desejo dele alguns abraços sinceros.



Ao mais ativo deixo a calça preta, 
ele vive rasgando as deles pois não consegue ficar parado, 
sempre me acompanhou onde quis andar e batalhar, mesmo antes da venda cair. 



Ao mais forte deixo o cinto,
para que amarre sua calça à sua enorme barriga, 
e que uma parte de mim sempre lhe abrace a qualquer altura da luta. 
Para permanecer onde sempre estive. Ao seu lado. 



Meus sapatos, deixo para qualquer um,
que queira ver nos meus passos uma trilha a se seguir. 
Que queira saber os caminhos que me machucaram e deles desviar, 
que queira assim como eu chegar ao fim sem deixar de caminhar. 

Cavaleiros que nunca foram





Eu esperava que ao desembainhar de uma espada, 
todas as outras se levantassem. 

E que ao tocar dos tambores, 
todos os reinos se unissem. 

E que o grito de "Justiça", 
movesse todos os Cavaleiros numa batalha sincera. 

Então eu parei de pensar no passado, 
e sorri da minha própria ingenuidade. 
Era tudo faz de conta, e nada vai acontecer.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

25.000 !


Atingimos hoje a marca de 25.000 visualizações no blogue, e com certeza muitas destas visualizações foram de pessoas que provavelmente tiveram através da busca do google o primeiro contato com nossa Ordem.

Coincidentemente essa marca chega no momento em que cruzo a ponte percorrida durante a juventude e chego à maioridade.

Foram várias reflexões, vários desabafos e relatos do dia-a-dia. Muitos elogios, nenhuma reclamação (ainda bem), alguns textos solicitados por irmãos de vários Capítulos e de ambos os Supremos.
Enquanto Mestre Conselheiro Estadual vivi muita coisa, mas não escrevi praticamente nada por aqui e o blogue passou um tempo "abandonado", mas agora, tudo que não escrevi vai efervescer como memórias na mente e virei aqui compartilhar com vocês.
E também, a vida de sênior também deverá ser tão produtiva quando a que tive como ativo, respeitando minhas novas limitações e responsabilidades.

Por fim, logo estarei publicando a terceira e última parte do meu texto sobre a chegada à maioridade e espero contar sempre com a visita e participação de vocês aqui no blogue.

Fraterno abraço.
Luz e Paz" 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Maioridade pt.2

Leia aqui a parte 1

Depois de ter passado pelo limiar e ter refletido a leitura do que havia acontecido iniciava-se então a consciência do trabalho.

Eu teria o tempo necessário para ser iniciático com tranquilidade, não fosse a percepção de que havia muito trabalho e poucos trabalhadores. Me dediquei a auxiliar nos trabalhos administrativos do Capítulo, mas em quase todas as reuniões me preocupava em levar uma pequena reflexão através de poemas, ou trechos de textos de alguns autores interessantes.

Gradativamente os laços da amizade foram se fortalecendo e meu contato com os irmãos que faziam parte
da "cúpula" do Capítulo foi sendo cada vez maior por conta da minha participação nas atividades administrativas que quase sempre se estendiam para outros dias da semana além do sábado em que aconteciam as reuniões.
Conheci outros Capítulos da Região, outros irmãos. Através da internet mantive contato com a maioria das lideranças da época. Fui aprendendo e observando como se dava as relações entre determinados grupos, quais os focos das atividades dos Capítulos e aptidões de cada irmão que conhecia.

No meu Capítulo fiz novos amigos, que me proporcionaram vários momentos de verdadeira fraternidade, partilharam momentos de tensão, e anos depois me trariam as maiores decepções... mas ainda não vem ao caso. 

O Capítulo, como disse, era onde se encontravam meus amigos agora. Logo, indiquei meu melhor amigo para ser iniciado também no Capítulo e após todo o processo ele também foi iniciado e então, todos os meus amigos agora eram também meus Irmãos. E falando em irmão, também indiquei e iniciei meu irmão no Capítulo. O Capítulo era uma grande reunião de amigos.

A missão passou a ser liderar esses amigos e reestruturar nossa casa. Fiz o máximo que pude e vivi excelentes momentos como Mestre Conselheiro do Capítulo, mesmo engolindo sapos e relevando as personalidades complicadas de alguns Tios Maçons da Loja patrocinadora e irmãos de outros Capítulos.
Acho que minha contribuição à frente do Capítulo foi bem válida e através do trabalho que realizei e das redes que estabeleci com outras lideranças da Região, logo fui procurado por outros irmãos para ser candidato ao cargo de Mestre Conselheiro Regional.  

O primeiro passo é lidar com o desconhecido até o momento da iniciação e algumas reuniões depois.
Depois você se identifica com uma das várias atividades que a Ordem lhe oferece e se dedica à ela, mas sempre tentando vivenciar o máximo do que as situações que a Ordem lhe coloca podem lhe oferecer.
Até chegar no terceiro e último passo...

[continua]

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Antes a fogueira !



Ontem foi o dia do Irmão.
Vários DeMolays aproveitaram para prestar sua homenagem aos outros irmãos DeMolay nas redes sociais.
Foi uma verdadeira exaltação à Fraternidade que nos move.

Entretanto, o que mais pensei durante esse dia foi sobre Traição. Não, não são pensamentos tão distantes do que o dia sugeria, principalmente para aqueles que avançaram nos graus do Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira.

A Ordem Templária também era baseada na fraternidade entre seus membros, e ainda assim o desejo de poder superou o caráter e fidelidade de alguns de seus integrantes que se renderam à inveja e egocentrismo ao aceitarem se aliar com Felipe, o Belo, para atingirem Jacques DeMolay e os cavaleiros que lhes eram fieis.

DeMolay entretanto, com sua lealdade aos princípios e às pessoas que edificavam a Ordem resistiu e não entregou as informações que desejavam conseguir com seu cárcere e tortura, sendo assim "presenteado" com a morte na fogueira.

Presenteado, pois não teve que passar uma vida inteira com a tristeza de ter sido traído por "irmãos" que antes eram tido com estima e depositários de sua confiança. Confiança, uma palavra, muito poder. "... confiado como irmão."

E que triste seria também o arrependimento tardio do Traidor. Ao ver suas fraquezas atingirem algo tão caro e casto quanto uma amizade sincera e devotada que guia a verdadeira fraternidade. Se a fogueira não fosse seu destino, lhe caberia as noites com o estranho frio das lembranças dos momentos de devoção que aquele que antes era seu Irmão havia lhe dedicado.

Um Irmão tem grande poder na vida do outro, e a Consideração e Confiança são as grandes responsabilidades que este poder carrega.


A ferida da traição de um Irmão nunca sara, não poderiam os inquisidores ou as torturas alcançar com suas garras a alma de nenhum de seus prisioneiros, mas a traição sim, por atingir um sentimento universal e que transcende as inspirações da matéria faz sangrar mais profundo que os olhos podem enxergar.

Tenho escrito menos do que vejo, e visto mais do que gostaria.

Que este dias dos Irmãos nos lembre a grande responsabilidade que temos e que nossos irmãos invisíveis possam nos guiar nesse caminho de virtudes e ideais tão nobres colocando sempre pessoas dignas de assim serem confiados e considerados além de nomeados, Irmãos.

Ainda esperançosamente,
Tobias Farias

terça-feira, 27 de março de 2012

Maioridade pt.1



No fim...
O branco não veste mais.
O brilho sobre os ombros tornou-se fosco. 

Foram alguns anos mas que deram o rumo de toda a vida que há de vir.
Vestido como meu pai. Sapatos preenchidos com guardanapos para caber meus pés, calça que cabia dois de mim, camisa social branca que me fazia parecer ir a um campeonato de dança de salão, parecia um balão. Não havia tempo, para ser eu, fui meu pai e eu.

Refletir, imaginar, esperar, suar.

Como se fizesse parte do processo, caprichosamente fiquei de pé enquanto sentia o ar frio subir pelo meu corpo, na situação que estava imaginava estar sendo envolto por algum fluido desconhecido - a imaginação é sua única visão nesta hora, e depois de assistir tantos filmes de vampiro, mitologia e fantasia, minha imaginação havia adquirido asas um tanto quanto grandes. - Finalmente os primeiros barulhos charam nossa atenção. Vozes desconhecidas e sem rosto atuavam como esfinges.

Era chegada a hora. Nossa vida havia se fechado atrás de nós - mas ainda não tinhamos consciência disso -
Fomos levados, e eu imaginava o que já havia visto em filmes, cada degrau, cada movimento, cada som.
Muito foi dito, e muito no momento não foi entendido. Ajoelhados, imaginando ser cavaleiros, recebemos a nova vida que deveríamos enfrentar. Depois, já de pé, prontos para o início da jornada, o templo surgiu, as vozes ganharam faces, e mãos deram-se as mãos.

Era tudo novo, símbolos por todas as partes, capas, velas, cadeiras ... nossa imaginação saia de cena e agora a realidade e suas responsabildiades davam o tom de como seria o que haveria de vir. 

E assim foi o dia que inicie a minha jornada portando a coroa da juventude.

... continua na parte 2