Ao mais leal deixei meu terno,
pois ele sempre precisa de algo que esconda a sua sensibilidade,
se qualquer um à notasse lhe atingiriam em cheio lhe levando ao chão. 
Ao mais sincero deixo minha camisa branca, 
que era um tamanho maior que eu e certamente lhe caberá, 
pois ainda é desejo dele alguns abraços sinceros.
Ao mais ativo deixo a calça preta, 
ele vive rasgando as deles pois não consegue ficar parado, 
sempre me acompanhou onde quis andar e batalhar, mesmo antes da venda cair. 
Ao mais forte deixo o cinto,
para que amarre sua calça à sua enorme barriga, 
e que uma parte de mim sempre lhe abrace a qualquer altura da luta. 
Para permanecer onde sempre estive. Ao seu lado. 
Meus sapatos, deixo para qualquer um,
que queira ver nos meus passos uma trilha a se seguir. 
Que queira saber os caminhos que me machucaram e deles desviar, 
que queira assim como eu chegar ao fim sem deixar de caminhar. 
 


 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
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